Friday, August 20, 2004

Tribuna do Esporte - nº1!

Entre ovelhas e filhos...

Espoliados, destroçados, arrasados pela guerra, mas livres das torturas impostas pelo falecido Uday Hussain, os iraquianos proporcionaram o primeiro grande momento dos Jogos Olímpicos de Atenas. A vitória de quatro a dois sobre os favoritos portugueses, mostrou a superação de uma equipe reunida um mês antes dos jogos, e que teve que dividir o campo de treinamento com um rebanho de ovelhas... Isto mesmo, ovelhas! Ninguém dava nada pela equipe iraquiana, mas eles foram lá e ganharam. Para quem pensou que a vitória pode ter sido mera obra do acaso, novo triunfo sobre Costa Rica, agora por dois a zero, mostrou o contrário. eles estão vivos e, por que não, sonham com medalha. Três jogadores chamam a atenção pela habilidade, pela maneira respeitosa como tratam a bola: Younes Mahmoud, Emad Mohammed e Mulla Mohammed, respectivamente os camisas dez, sete e onze. Foram eles os responsáveis pelos melhores da seleção iraquiana até aqui. E é nos pés deles que está depositada todo o sonho olímpico de um povo destruído pelos horrores da guerra.

O panteão olímpico não está necessariamente reservado para heróis imaculados. A glória em uma Olimpíada pode servir como redenção para alguém que tenha errado no passado. Em Atenas veremos em ação os dois casos. O herói imaculado, no caso uma heroína, e aquele que busca redenção. Por um motivo mais do que nobre, a ginasta uzbeque, Oksana Chusovitina, que esteve este ano no Rio disputando uma etapa do Mundial de ginástica, voltou a competir aos 29 anos e se classificou para os Jogos de Atenas. O motivo? Pagar o tratamento de leucemia do seu filho. Em oposição, o boxeador neozelandês Soulan Pownceby, mesma idade que Oksana, passou quatro anos preso por causa do assassinato de sua filha de cinco meses. Em liberdade, treinou, se classificou. Dois personagens e a mesma idade. Duas histórias marcantes envolvendo seus filhos, mas com finais diferentes. O mesmo destino? Talvez, o panteão olímpico. Um mais merecedor do que outro? Ao meu ver não, pois os Jogos Olímpicos servem para isto, confirmar a fama de alguns heróis e alçar outros a este mesmo posto.


Overlapings

Que o time italiano de vôlei feminino era belo, todo mundo já sabia! Mas a beleza das gregas ainda era desconhecida! Acentuados pelos delicados maiôs confeccionados pela Adidas, a graça e o encanto das gregas não passam despercebidos. Destaque para a levantadora Chatzinikou e para as atacantes Ntoumitreskou e Iordanidou.

Também temos as nossas representantes no quesito musas olímpicas. A oposto Mari da seleção de vôlei, a saltadora Juliana Veloso e as nadadoras Joana Maranhão e Mariana Brochado são extremamente encantadoras! E o que falar da nadadora americana Amanda Beard com o seu lindo par de olhos azuis? Não há palavras, é puro êxtase!

Com dezenove anos, Thiago Pereira conquistou o quinto lugar nos 200 medley. Sendo que a maior parte do tempo esteve entre os três primeiros! Este menino promete! Parabéns Thiago!

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