Bom senso, acima de tudo!

Ninguém é sempre bom ou sempre mal... Fale primeiro quem nunca agiu por interesse ou nunca pensou em se vingar... O caminho entre a bondade e a maldade é fino, quase invisível. A raiva, impulsionadora da maldade, nunca foi um sentimento forte dentro de mim... Ela sempre existiu, mas nunca deixei me levar por ela. Sempre me vangloriei disto, mas outro dia, temi em não poder mais fazer isto... Briguei com uma pessoa e na hora não fiz nada. Há dois anos certamente teria tido outra reação. Teria xingado, esbravejado e, provavelmente, dependendo da reação desta pessoa, teria brigado físicamente... Não o fiz! Mais controlado? Sem dúvida nenhuma! Acho que aprendi que existem três tipos de momentos... Existe a hora que devemos agir, o momento que devemos falar alguma coisa e há também o instante que devemos apenas calar, ouvir e esperar pacientemente os outros momentos. No dia da briga percebi que finalmente aprendi isto! Era besteira, seria um atestado de ignorância discutir algo mais com aquela pessoa. Como já disse, não o fiz! Mas nem por isto deixei de sentir raiva! Ela tomou conta de mim como nunca antes... Demorou algum tempo a passar, mas passou... Mas na hora da briga e nos instantes seguintes, temi pela minha reação... Senti muita raiva... Mas passou, me controlei e continuei o mesmo... O problema é quando não conseguimos nos controlar... O ser humano tomado pela raiva, por um ódio mortal, torna-se imprevisível, e ai, fica muito fácil cruzar o fino e quase invisível caminho que nos leva da bondade a maldade.

O arabe lamenta o auto-controle do nosso amigo! Por natureza ele é um ser beligerante, dado a momentos de descontrole... "Este não entra na minha casa", pensa ele...