Friday, July 29, 2005

Kuki - Série Campeões!

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Kuki, Bita e Miruca, hipoteticamente, o ataque dos sonhos da torcida do Timbú!

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Campeão do Centenário 2001: Gilberto; Rafael, Sílvio, Lima e Vital; Sangaletti, Adilson, Danilo e Wallace; Thiago Tubarão e Kuki. Técnico: Muricy Ramalho.

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Campeão 2004: Nilson; Chicão, Batata, Carlos Alberto e Lima; Kuki, Jorge Henrique, Almir Sergipe, Luciano, Marco Antônio e Marquinhos. Técnico: Zé Teodoro.


Com jogadores oriundos dos maiores times do país e ex-atletas do Sport, sedentos por vingança, Gilberto (Sport e São Paulo), Lima (Flu, Atlético Mineiro e Sport), Sangaletti (Guarani, Grêmio e Sport), Wallace (Coritiba e Sport), Batata (Corinthians) e Marquinhos (Flu e Atlético Mineiro), mais o craque Kuki, não havia como Timbu perder estes títulos!

De desconhecido a herói, Sílvio Luiz Borba da Silva, ou simplesmente Kuki, mudou o curso da história alvirrubra nos últimos quatro anos com arrancadas desconsertantes e 146 gols em 246 jogos. Desde que chegou no início da temporada 2001, ganhou três estaduais de cinco possíveis, ajudando a recuperar a auto-estima de uma torcida que não comemorava títulos havia 11 anos. Como se isso não bastasse, corre para ser o maior artilheiro da história do Náutico. Está a 76 gols de Bita, o líder da lista. A diferença é considerável, mas traçando-se uma estimativa baseada na média de Kuki não é difícil acreditar que, em duas ou três temporadas, ele poderá ultrapassar o “Homem do Rifle” sim. Este ano, só para se ter uma idéia, Kuki alcançou a invejável marca de 0,93 gol/jogo. É a sua melhor média no clube, desmentindo a tendência que apontava para a queda de seu rendimento, afinal, o ídolo já completou 34 anos. É esse homem-gol, o maior ídolo do futebol pernambucano na atualidade.

Dos seus 1.477 dias dedicados ao Náutico, os 156 vividos este ano têm sido muito felizes para o ídolo Kuki. O artilheiro-herói prova, mais uma vez, ser diferenciado. Quando imaginava-se que a sua média de gols diminuiria com o avanço da idade, Kuki mostra o contrário. Aos 34 anos, ele nunca balançou as redes tanto como em 2005. Já foram 27 gols em 29 jogos, média de quase uma comemoração a cada 90 minutos. Tantos gols lhe renderam a artilharia do Campeonato Pernambucano, com 17 tentos em 17 partidas – só não atuou em uma – e está na briga pela ponta da lista de goleadores da Série B do Brasileiro, com 8 gols.

O bom aproveitamento nesta temporada fez sua média geral subir de 0,55 para 0,59 gol/jogo. Se continuar neste ritmo, o quarto maior goleador da história timbu (com 147 gols), ultrapassará Baiano (com 181 gols) e Fernando Carvalheira (185) no fim da próxima temporada. Se cumprir o contrato, que só se encerra em dezembro de 2007, pode ultrapassar ou ficar bem perto do lendário Bita, que marcou 223 vezes. A variável nesta equação é a quantidade de jogos por temporada. Por exemplo, se o time subir para a Série A, ele jogará mais vinte vezes por ano. E se resolver encerrar a carreira em Rosa e Silva – o sonho de todo timbu – ele pulverizará a marca do “Homem do Rifle” com boa vantagem.

Além do altruísmo, Kuki difere-se da maioria dos “boleiros” em outros aspectos. Ele fala o que pensa, deixando a política e o corporativismo de lado. Várias vezes disse que faltou vergonha na cara ao time. Também pediu a substituição de Thiago Tubarão (seu companheiro de ataque em 2002) – que estava em jornada pouco inspirada –, em pleno jogo, na frente de todo mundo, sem que isso fosse encarado como algo antiético ou coisa do gênero. “Só” levou uma bronca do técnico Muricy Ramalho. “No jogo seguinte, contra o Porto, eu deixei Thiago na cara do gol duas vezes. Até hoje a gente se fala. Eu sou verdadeiro e não prejudico ninguém”, explica Kuki, que reconhece uma grande mudança em sua carreira. “Naquela época eu era muito mais tenso. Agora estou mais tranqüilo e isso tem se refletido dentro de campo. Só levei dois cartões amarelos este ano”, diz sobre a conversão ao protestantismo e o casamento com a pernambucana Vanessa.

A oportunidade tardia em mostrar seu futebol – só começou a carreira, aos 22 anos – faz com que Kuki jogue intensamente. Defende cada um de seus gols. Computa os cinco feitos na Copa Pernambuco, por exemplo. “Eu os fiz com a camisa do Náutico e por isso os conto”, diz. A contagem, no entanto, difere da feita pelo engenheiro aposentado Carlos Celso Cordeiro, que para a confecção do ranking dos maiores artilheiros do clube, pesquisou e catalogou os gols do time principal. “É preciso encontrar uma metodologia que seja justa para todos. A Copa Pernambuco é um torneio oficial, mas não é disputada pelo time principal, a exemplo do antigo Estadual de aspirantes (na preliminar das partidas principais), jogado por grandes ídolos do passado, que também marcaram muitos gols. Quando se computam os gols da seleção brasileira, por exemplo, as categorias são divididas em principal, sub-23, sub-20 etc. Um jogador pode dizer que tem X gols pela seleção, mas para efeito de ranking, ele competirá com jogadores que atuaram pela mesma categoria”, explica Cordeiro.

No Náutico, Kuki nunca foi para o banco de reservas. Nunca teve uma contusão que o deixasse no Departamento Médico por mais de 15 dias. Quando enfrentou o “ostracismo” no Chombuck Hyundai pediu para voltar após quatro meses e meio na Coréia do Sul (de 27/12/2001 a 12/5/2002). “Não tive oportunidade de jogar e acho que me precipitei. Hoje eu aceitaria o banco e buscaria o meu lugar entre os titulares com mais paciência”, revela o goleador, que já defendeu os gaúchos Encantado, Taquari, Palmeirense, Veranópolis, Grêmio Santanense e Ypiranga de Erechim, e os catarinenses Inter de Lages e Brusque.

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