Sunday, November 20, 2005

Manderlay - 2005!

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Pai da Grace (William Dafoe) e Grace (Bryce Dallas Howard).

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Timothy (Isaac De Bankolé) e Grace (Bryce Dallas Howard).

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Timothy e Grace (um pouco antes da cena de sexo).


“Manderlay” é o ótimo segundo filme de uma triologia idealizada por Lars Von Trier, onde o diretor dinamarquês pretende expurgar aqueles que ele considera os piores problemas da sociedade norte-americana.A terceira parte, “Washington”, tem lançamento previsto para o ano de 2007.
Seguindo as normas técnicas do Movimento Dogma*, do qual foi um dos criadores, Von Trier não usa quase cenários, o filme foi todo rodado dentro de um galpão na Suécia, pouquíssima luz artificial e trilha sonora quase zero, com a exceção da canção “Young Americans” de David Bowie que embala as imagens finais. Apesar disto não causa o mesmo impacto que “Dogville”, talvez porque o espectador tenha sido pego de surpresa no primeiro e neste não.
Se em “Dogville” Von Trier mostrou a hipocrisia dos cidadãos americanos, em “Manderlay” ele mostra a escravidão, o relacionamento entre brancos e negros na transição da escravidão para a liberdade e como as próprias vítimas do preconceito podem ser preconceituosas.
A troca de atores, Nicole Kidman por Bryce Dallas Howard e James
Caan por William Dafoe, que poderia significar em uma queda de qualidade, não se confirma devido ao nível dos novos interpretes. Howard, revelação por “A Vila”, reafirma todo o seu talento e dá vida a uma Grace tão marcante quanto a de Kidman.
É preciso ressaltar, também, a bela atuação de Danny Glover
Talvez apenas uma coisa não faça de “Manderlay” um filme tão
bom quanto “Dogville”, apesar do racismo ser um tema mais
repugnante do que a hipocrisia, o espectador não saí do cinema
com aquela sensação de soco na boca do estomago. O que mais choca em “Manderlay” são as fotos e imagens da opressão e dos massacres perpetrados pelos homens ao longo do século 20. As mesmas imagens que são embaladas por David Bowie.


* Em 1995, quatro diretores dinamarqueses lançam o “Manifesto
Dogma” onde afirmam que qualquer um é capaz de fazer cinema.
Entre as 10 regras explicitadas no manifesto as mais radicais
são: ausência de trilha sonora, luz artificial e efeitos especiais. Nos seus dois últimos filmes, como já é sabido, Von Trier extrapola, positivamente diga-se de passagem, e quase não usa cenários.

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